quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Decanato!!!


"... Eu que tanto criei, inventei e quis ser.
Hoje sou o ator principal da minha própria história. Do meu próprio (último)romance.
Não irei supor, prever ou querer. Apenas viver tudo que for feito em nome desse sentimento par.
E o que for de ser.
Será tudo e todo só NOSSO..."


rafA ditos



*** "Amor é quando você tem todos os motivos para desistir de alguém, e não desiste."
Autor Desconhecido

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Palhaço Tristeza





Lembro que com mais ou menos 10 anos tinha ido pra minha cidade um circo. E eu, criança que estava descobrindo um mundo aceitei logo de cara o convite do meu pai de ir conhecer aquele lugar tão novo pra mim.
Era domingo (que mais parecia um sábado). Mas, pouco importava. Lembro que foi lindo, mágico, encantador. O novo se desfazendo bem ali na minha frente, bobo, apático e sem ação ali estava eu tão fascinado por tudo, e foi momento único.
Na outra semana tinha jogo do time de futebol preferido do meu pai, porém, não voltar naquele lugar pra mim seria semi-morte. Mas, convenci o velho pelo cansaço.
E na segunda vez que fui lá. Malabaristas, contorcionistas, mágicos, mulheres barbadas ficaram quase invisíveis depois que vi o palhaço. Ele trazia a essência de todos em seu sorriso, olhar misterioso, seu jeito desengonçado era um pretexto pra fazer qualquer um sorrir.

E a cada semana que passava eu voltava lá só pra esperar o palhaço me fazer sorrir. Conseguir ir algumas vezes sozinho, mesmo sabendo todo o desenrolar do espetáculo fazia questão de estar presente. O fim de semana pra mim era como se fosse encontrar no final do arco-íris um pote recheado de ouro, e de certa forma essa metáfora tinha total e real sentido. Nele via alegria de um mundo tão bom, e me fazia lembrar que a vida é mesmo tão doce e mágica.
Porém, quando começava mais uma semana e eu já eufórico esperando pelo fim dela, eis que chega a triste noticia; Fui avisado por minha mãe que a arena tinha sido desmontada e que tinha ido pra outra cidade bem distante. Minha única reação foi pegar a minha bicicleta e ir até o local que era o circo. Até então tinha sido aquela a sensação mais amarga e triste que em minha pouquíssima idade tinha experimentado. Não lembro se chorei, mas doeu demais.
Fiquei ali por alguns instantes rodeando o acampado já vazio e sombrio sem a tenda que me fazia tão feliz. E por brincadeira do destino encontro no chão, um cartaz de divulgação da trupe. Recortei a foto, guardei pra mim bem dentro do coração e na memória aquele que me dava só o que era bom.

Passaram-se os anos, mudei pra capital, me formei, casei e virei pai de um casal de gêmeos.
Lembro que depois de levar a pé meus filhos até a escola decidir ir por um caminho diferente até o meu trabalho. Depois de alguns minutos de caminhada vi um senhor com a aparência desgastada me devorar com um olhar faminto. Olhei na carteira e dei algumas moedas. Mas, aquele olhar não me era estranho, no primeiro momento eu não reconheci e seguir adiante. Só que a imagem daquele homem ficou grudada na minha mente durante todo o dia, fiquei perguntando por que ele havia me causado tanto impacto. Cheguei à noite em casa e aqueles olhos invadiram meu sono, meu sonho até chegar o dia seguinte. Fui até lá, quis saber quem seria aquele homem que mexeu tanto comigo. Rodei por todo o bairro e não o encontrei. Num lapso de certeza voltei para casa e fui conferir se o senhor tão sofrido seria quem eu tanto procurava.
... E era!
Ele já não tinha mais as cores da alegria no rosto, tinham as cores de uma vida tragada pelo esquecimento e descaso.

Fiquei muito triste comigo mesmo. Quase sair de mim e mais uma vez rumei ao lugar em que o encontrei pela ultima vez. Procurei, procurei até encontrar outro pedinte que com a voz mais soturna do mundo meu deu a infeliz noticia:
Ele morreu ontem... De tristeza!
Minha reação foi um sorriso de nervoso e um pálido "Obrigado”.
Por muito tempo fiquei me questionando como uma pessoa que fez tanta gente sorrir poderia morrer de tristeza?
E a partir dali tomei a decisão de não querer mais entender a vida!




rafA ditos

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

13 treze ou quatro linhas!!!



O mundo está muito escroto?
Ou sou eu que fiquei bobo?
Grandes valores agora são tão poucos
Que beijar e cuspir tem o mesmo valor do ouro...




*** Post concluído ao som da canção "To Build A Home" do disco "Ma Fleur" da interessantérrima The Cinematic Orchestra.



rafA ditos

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai, eu quero ser pai!!!


Nesse mês onde tudo se remete a palavra “Pai”.
Quero deixar aqui impresso, expresso e explícito o meu desejo cada dia mais forte de ser um também. Como faço pra ser? (nem precisam dizer como porque obviamente eu sei).
Quem sabe por me espelhar tanto no meu, sempre vi nessas figuras algo encantador. Misto de liderança, sabedoria, coragem e candura.
Nos últimos tempos comecei a dar mais tamanho a esse meu sonho. Talvez seja pelo fato de já estar quase chegando aos 30 anos, ou ainda pelo amadurecimento que vou ganhando diariamente e seja esse o rumo natural na vida de qualquer homem.
Quero sim ter um lar, uma família, uma mulher, filhos (um casal de gêmeos de preferência), alguém que seja meu reflexo e minha semelhança. Sei que uma hora ou outra tudo irá acontecer de forma ordenada e organizada, pelo menos espero e quero.
Sei que MÃE sempre terá o seu lugar garantido, o seu brilho mais reluzente. Porém, pai é aquele que defende suas crias, que mesmo em silêncio sente a dor dos seus filhos. Que com um olhar consola e que com palavras acomoda os nossos maiores e mais cruéis medos.
Quero ser um pai bem próximo do que o meu foi, é e sempre será pra mim. Com os seus defeitos, com os seus pensamentos (ao meu ver) “sessentista”, com a vontade de me ver e ter sempre melhor e maior. Mas, com um único propósito: fazer de mim um homem digno, feliz e correto.
E aos meus filhos que ainda estão por vir... Papai os esperam de braços, peito, alma e coração completamente abertos...




*** Dedico este post aos pais que são exemplos de cumplicidade e amor.
Em especial:
Meu pai, meus tios, meus compadres, Hambúrguer, Beto, Ademir, Leka, Daí, Dí, B. Luís, Valtinho e Mave.



rafA ditos

domingo, 18 de julho de 2010

Um segundo ou talvez dois...


No começo tudo é intenso e eterno.
Mas, eterno é o que não fica e se solidifica ao menos dentro de nós.
Essa semana ouvindo uma música da Sandy (me perdoem por não lembrar o nome) tinha uma frase que era algo mais ou menos assim; “A eternidade é um instante”.
E aí depois de “cair de cabeça” nela acabei concordando.
A eternidade não é nada mais, nada menos que um segundo ou talvez dois.
E o que vem depois é foto, fato, coisas pra guardar ou lascar. São cartas, palavras, lágrimas e páginas que lá estarão sem nenhuma intenção de ser mais presente.
O eterno é só agora....




rafA ditos

domingo, 2 de maio de 2010

4 Asas!!!



Borboleta roubou letras
Só pra mostrar o mar que é amar
Borboleta agora voa no passo de bailarina
Isso tá com cara que é algo novo no peito
Não iria se colorir tanto a toa.
Borboleta azul que voa, voa, voa
Até chegar ao lírio
E prosear com o beija flor

-Será que é Amor?
- É bem melhor nem querer, saber.




rafA ditos

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Cama Desarrumada...



Ele levanta.
Desperta de um sonho que nunca mais lembrará e corre pra encarar mais outro dia.
Sai com tanta pressa para o banheiro que esquece que a cama ficou desarrumada. Acaba e vai pra cozinha onde quase que engole a sua primeira refeição do dia. Veste aquela mesma calça jeans e calça um tênis surrado, estes dois que já o acompanham por um bom tempo ganham a companhia de uma camisa vermelha escolhida de forma completamente aleatória. Depois de se perfumar, desliga as luzes, fecha a janela, tranca as portas e vai.

No ponto do ônibus as mesmas pessoas com suas "caras de todo dia" vão compondo o cenário já tantas vezes repetido. A condução chega e senta-se no mesmo lugar de sempre, as mesmas paisagens, as mesmas músicas dentro do ouvido e o local de trabalho chega após setenta minutos.
Depois de dezenas de "Bom Dia" acomoda-se na frente de seu bom e já velho companheiro, o computador, ficando lá até quase o meio dia quando eis que chega a hora de almoçar. Por um instante finge crer que o cardápio será diferente, porém logo isso passa e lá estar diante daquele prato igual ao de todos os outros dias. Acaba o almoço, alguns minutos de papos com os colegas e tudo volta a ser como estava pela manhã.
E no meio da tarde toca a canção "Grand' Hotel" do Kid Abelha, e um pensamento covarde domina sua mente paralisando toda a atividade que exerce. É o amor por uma mulher que já não o pertence mais (e de fato nunca o pertenceu). Ela já não tem nem mais vida, é só um desejo, um vulto que nunca sairá da sua cabeça. A música e o pensamento acaba quando alguém o chama pra avisar que tem telefone pra ele.

Chegou às dezoito horas, e o circo é todo desmontado. Desligam-se os computadores e é hora de voltar pra casa. Uma carona dada por uma mulher que há tempos sonha em ter ele nos braços e no coração o leva até meio do caminho. Despede-se com um gelado beijo no rosto e caminha por dez minutos até o ponto de ônibus. E em vinte cinco minutos se o trânsito não o trair chegará ao conforto do seu lar.
Já em casa. Roupas sujas, louças pra lavar, comida pra fazer e todo afazeres que tem uma pessoa que mora sozinha e não tem empregada. Quase sem acreditar que já tinha feito todos seus serviços domésticos vai para o banho. E aí vem o jantar, e depois o sofá que o espera com as noticias na televisão.

Começa a novela, desliga a televisão ligando o rádio quando "Kiss Me" do Sixpence None The Richer invade toda a sala e novamente vem aquele pensamento que fez o levitar pela tarde. Fecha os olhos ouvindo a canção e vai novamente encontra a sua melhor companhia.
A sua cama desarrumada...





*** Quero agradecer imensamente à Flávia Carol pela escolha da foto que ilustra o Post.
“Super” obrigado demais pela simpatia, pelas gírias (de Joãozinho) e pela ajuda.


rafA ditos

quarta-feira, 3 de março de 2010

“Quando tudo pede um pouco mais de calma”


Seguindo a canção “Paciência” do maravilhoso Lenine começo esse post.
Tem horas que a vida tá tão acelerada que precisamos dar um tempo para as coisas se assentarem. Ver o mar, o sol, dançar na chuva, amar, sair sem destino ou qualquer coisa que faça se “desligar” desse nosso mundo cão de cada dia.
Nesses tempos em que tudo é veloz e o tempo é o maior inimigo da perfeição. Vou seguindo o meu passo cadenciado, cheio de desejo, cheio de boas intenções, mas sem pressa de chegar onde quero sonhar.
Nessa era de Orkut, twitter, MSN, e milhares de etcs. Onde a velocidade dá informação já não se dar nem mais pra medir em quilômetros, já nos esquecemos de cor algumas coisas tão lindas de outrora. Pode até parecer meio brega e ou démodé o que estou dizendo, mas me atire o primeiro email quem nunca sentiu falta de uma cartinha escrita por alguém que se ama? Daquela sensação gostosa de ver o carteiro chegar trazendo os mais lindos versos de amor ou de saudades.
Quando já não temos mais tempo para nós mesmos, creio que seja esse o maior alarme para uma vida que não tá indo bem. Na canção “Capitão de Indústria” dos Paralamas do Sucesso (recomendo a vocês escutarem, pois a letra é lindamente linda e a canção tem uma melodia gostosa de escutar), fala dessa forma de viver só pra trabalhar, de dormir para trabalhar e não fazer outras coisas além disso. De esquecer a outra parte e mais importante da vida; VIVER!!!!
Apesar de muitos criticarem creio que esse jeito “baiano” de ser seja o mais saudável para mente, para o corpo, para alma e para o coração. Sempre tão desprovido de qualquer regra ou de qualquer mordaça que esse novo mundo quer nos colocar.
Obviamente temos que ter nossas responsabilidades, nossas obrigações, as contas para pagar, a fila do banco para enfrentar e só depois de 2 horas descobrir que estamos na fila errada, do trânsito infernal, do caos trivial da cidade grande e por aí vai...
E mesmo com todos esses percalços ainda assim acredito que a FELICIDADE tem que ser preferência em nossas vidas.
É... ainda faltava algumas coisas para terminar esse post, só que a minha falta de tempo acabou deixando que ele acabasse assim!


*Agradeço a Nina, pela ajuda na escolha da imagem que ilustra o post.

rafA ditos

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

[...?]


"...Conto até três
Sigo pra onde não sei
Mas, mesmo assim insisto tanto
Em querer, o querer."


rafA ditos

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

“... Como é de vocês o meu aniversário...”


No mês que completo 27 anos (É nem mais sou criança, já passei a adolescência e passeio pela idade adulta), ou mais de 1/4 de século, ou como quiserem denominar. Olho para frente e vejo a velocidade que o tempo passou por mim e pelos outros. Observo o quanto de coisas aconteceram em minha vida e das transformações que aconteceram ao meu redor. Daquele fantástico dia 18 de janeiro de 1983(pra mim pelo menos) até o presente momento. O quanto eu aprendi, o quanto fui tantas outras pessoas, quantas tantas outras vidas eu vivi e isso fez com quê eu chegasse a ser o que sou e quem sou. Dos lugares que tive a oportunidade de conhecer, dos amigos que pude ganhar, dos outros que deixei pela vida e os poucos que estão comigo até hoje. Dos meus outros anos de vida, da transformação seja ela psicológica, financeira, sentimental e natural pelo qual passei, passo e sempre passarei.

As horas que tive a chance de aproveitar sem pensar em nada ou em ninguém. Das minhas primeiras palavras, depois arriscando os primeiros passos, os medos, os receios, as dúvidas, as escolhas, dos amores que tanto contribuíram para eu sentir sensações até então estranhas para mim como: desejo, paixão, solidão, ira, melancolia e o mais sublime de todos, o Amor. Depois veio à adolescência, até que não fui um “aborrescente” como se vêem aos litros hoje. Lembro das primeiras baladas, dos primeiros porres, das brigas, do primeiro disco que ganhei e lembro até do meu primeiro beijo. Depois veio o colegial, a convivência com pessoas completamente diferente de mim. Pessoas que vi se entregarem ao caminho errado e que por conta disso só estão presentes na minha memória e não mais aqui comigo.

A morte que levou alguns dos meus melhores e maiores ídolos da música, da televisão e da política, que levou a minha avó e que recentemente me deu o golpe mais covarde que foi levar a minha inesquecível MÃE. Dos acontecimentos históricos que pude acompanhar pela Tv, das mutações que meu mundo, meu país, meu estado, minha cidade e até a minha casa sofreram ao longo do tempo.

Depois de mais de 9.855 dias vividos chego pensando no futuro. Em crescer sempre mais como homem, filho, pai, amigo, ou o que quer que seja. Tenho o vício de aprender sempre muito mais. Tanto faz se é com um grande mestre ou com aquele cara que me parou na rua e pediu uma esmola, quero sempre aprender algo.

Esse resumidamente sou eu. Um capricorniano tímido e feliz. Cheio de desejos como qualquer outro ser da Terra, mas além de tudo que quer viver sempre em paz consigo e com os que o rodeiam. Não quero ser feliz sozinho, quero que todos vivam em Paz com todos .

1 forte abraço a todos e viva sempre à procura do que te faz feliz!
“... Como é de vocês o meu aniversário...”


*** Este post é dedicado a todos os aniversariantes deste (nosso) mês de janeiro.
Em especial à Capitão, Sousa, Tom, Ana, Will, Dona Elza (in memorian), Roberta, Lú, Raquel e Vó Julieta (in memorian).



rafA ditos